Santander 0 x 1 Banco Itaú

EDIÇÃO FINAL
 
"Sibi canit et orbi", do latim: Cante para sí mesmo e para os outros...

Chegamos ao final da saga 2010 com um gosto amargo de desistência. Apenas 4 atletas compareceram ao nosso último tento, naquela que seria nossa grande festa com os companheiros do Itaú/Sicredi. E pensar que esta semana ainda fui tão bem recebido na agência centro do Banco Itaú, sendo conduzido por Sandro Gilberto para conhecer nossos bancários de sua área comercial, câmbio e demais. Peço desculpas novamente ao Daniel, Sandro, Marcelo, Rogério, Elisandro, João e toda essa maravilhosa equipe do Itaú/Sicredi que saiu de casa neste sábado frio e chuvoso para confraternizar com o Santander/Mercantil - que não soube honrar sua parte. Podem me cobrar uma rodada de geladas na festa da final, meus camaradas!

Também chega ao fim meu trabalho no esporte. Foram 50 edições deste impresso em 49 jogos. Foi uma grande aventura, podem ter certeza. A partir de agora, estou com todas as equipes! Deixo meu agradecimento àqueles que participaram; são muitos para listar e não desejo ser injusto com ninguém. Torço para que em 2011 o Santander volte com uma equipe renovada e comprometida. Sei que temos pessoas capazes de organizar este trabalho – e algumas outras em condições de cumprí-lo.

A equipe Santander teve um azar danado neste campeonato: se não bastasse a falta de experiência e entrosamento, não acostumados à dureza dos jogos, cerca de 50% de nossos atletas foram lesionados. Desde minha partida número 1 (26/05/07) como “cartola” nestas competições, o meu terror maior, meu pior pesadelo sempre foi a possibilidade de enfrentar um WO, ou seja, chegar frente à torcida bancária, à equipe oponente, ao meu sindicato que organiza tudo e ter de assinar o vexame máximo de uma desistência por falta de efetivo. Por duas vezes vesti o uniforme e entrei em campo, conseguindo evitar tal frustração. Esse fantasma me perseguiu durante estes 4 anos e finalmente me alcançou no último jogo. Resta o “mea culpa”, o sorriso amarelo, as desculpas, mas a cabeça erguida de quem moveu montanhas mas não conseguiu convencer um punhado de homens a... (simplesmente) bater uma bola!

Isso me fez lembrar de um episódio pouco comentado da Segunda Guerra Mundial. No final do ano de 1939, a 60 milhas do charmoso balneário de Punta Del Este, junto ao porto de Montevidéu, encerrava-se o último ato de um dramático episódio, posteriormente conhecido como “a Batalha do Rio da Prata”: o comandante do couraçado alemão Admiral Graf Spee, Capitão Langsdorff, sitiado por dois navios britânicos avariados, decidiu desembarcar sua tripulação em segurança na Argentina, mesmo com condições de vitória e de volta à sua pátria. Ele lançou seu navio no oceano e o explodiu, suicidando-se em seguida envolto na bandeira da Marinha Imperial Alemã da Primeira Guerra Mundial - onde havia sido condecorado como herói.

"Como todo mundo, você quer aprender o caminho da vitória, mas não aceita a derrota.
Aceitar a derrota, aprender a morrer é libertar-se."*

Neste sábado, aprendemos a arte de morrer.

* Bruce Lee em "The Tao of Jeet Kune Do"
SANTANDER 0 x 1 BANCO ITAÚ (WO)
Equipe: Ednilson, Júlio, Ricardo e Jair.
Supervisor: Valdemar

 
Amigos do Bradesco Garten-Tupy / Thell e Índio

Rafael Butzke e Ricardo Bruhn: amigos de todas as horas
...

Nesse sábado, encerrou o Campeonato dos Bancários para a equipe Santander/Mercantil/Itaú!

Começamos com um time grande e muito mutável no decorrer do campeonato, entretanto acabamos com poucos atletas representando o time no último jogo, que por sinal não houve bola rolando pois estávamos com insuficiência de jogadores para atuar. Urucubaca, gato preto, má sorte e outras superstições podem se encaixar com a campanha que nossa equipe fez, pois em cada jogo que iniciávamos pelo menos um jogador não retornava por contusões e machucados duradouros, mas mesmo assim conseguimos tocar a carroça até o penúltimo jogo. Participei de todos os jogos, entrando ou não, e sinto-me no dever de relatar como foi essa experiência e de escrever o que eu aprendi com isso, para quem pode ou não, participar desses momentos. Eu não me arrependo e nem sinto falta daquele sono a mais que “perdi” nesses últimos sábados.

Quando olhamos para o nosso colega de trabalho nem sempre nossos olhos enxergam como essa pessoa é realmente. Muitas vezes sem querer, somos submetidos a essa distância física em nosso dia a dia, justamente por não encontrar uma brecha, uma oportunidade de conhecer a pessoa ao lado. E por esse motivo acaba havendo um bloqueio natural entre as pessoas pela falta de intimidade. Então faço uma pergunta ao leitor: quantas horas diárias você convive com seus companheiros de trabalho em suas agências? 4 horas? 6 horas? 8 horas diárias? Sabendo que um dia tem aproximadamente 24 horas e que você destina muitas vezes 1/3 de seu dia ao seu trabalho, por que não conhecer e estreitar os laços de amizade e companheirismo com os seus colegas?

Aí entramos naquele grande problema do século XXI, o tempo. Cada vez o tempo parece estar mais curto e o mercado exigindo mais de nós também. O mercado não nos da o luxo de parar e dialogar, trocar experiências e conhecer o lado humano e não apenas profissional do outro. Como conhecê-lo então? A resposta é simples, altamente divertida, e pode ser encontrada em festas, pescarias, campeonatos e happy hours. É somente nesse momento que podemos traçar o perfil de um companheiro na totalidade; é nesse momento que aprendemos a entender suas ações profissionais e particulares; e é somente nesse momento que podemos resolver diferenças, fortalecer amizades e promover integração do grupo.

Confesso a vocês que senti uma tristeza grande ao chegar sábado de manhã e só encontrar nossos amigos: Jair , Ede e Julio do time, encontrar também o nossos amigos e torcedores que vieram nos prestigiar: Rafael Butzke da agência América e o Miguel Berwian do Santander centro. E mais triste ainda ao ver o nosso companheiro Valdemar cabisbaixo por não conseguirmos entrar em campo por falta de jogadores. O mesmo Valdemar que estava sempre a frente de tudo, doando-se para o time constantemente, organizando, e fazendo o campeonato acontecer para o Santander. Sem ele esse projeto não teria sido concretizado. Essa é a edição número 50 deste blog, e a última que será escrita pelo nosso amigo Valdemar, e é em sua homenagem que peço encarecidamente que esse blog não termine na edição 50, e que continue a existir pela minha mão ou a mão de qualquer um que se identifique com essa idéia!

Ao grande amigo Valdemar Luz o nosso PARABÉNS, e um muito obrigado por esse belo trabalho que tem feito por 4 anos e pela sua extrema dedicação a todos nós esses anos todos. E ao time Santander/Mercantil/Itaú um PARABÉNS a todos que de alguma forma contribuíram para que o time permanecesse na competição como um time vencedor, sim!

Um abraço a todos os leitores!

Ricardo Bruhn

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