Unibancoreal 7 x 4 Bradesco Tupy


PRONTOS PARA A GRANDE FINAL!

Vou começar abruptamente esta crônica – assim como os chutes ferozes do Bruno. Estamos no segundo tempo de jogo, semifinal do XII Campeonato de Futebol Society promovido pelo SEEB Joinville. Faltam poucos minutos para acabar a partida e estamos perdendo de 3x1 para um time de jogadores meninos, que voam de um lado para o outro e param no ar, como beija-flores. Estamos com, pelo menos, quatro titulares em desfalque: Dinho (internado), Vilmar (machucado), Júnior (suspenso), Leonardo (reunião no trabalho). Dois de nossos guerreiros jogam machucados: Mello e Índio. Mello certamente não andará no dia seguinte. “Não importa”, ele deve pensar. Há, quase esqueço: contamos com apenas um atleta na reserva, justamente o mais jovem de nós. Acredito que nossa média de idade seja 38 anos, contra uns, talvez 23, do nosso oponente. Eles tem reservas, eles tem fôlego de sobra. Eles treinam juntos desde 2006. Nós não.

Este é o quadro. Estamos cansados. Três a um (Douglas marcou), faltam menos de dez minutos. É o último capítulo de um sacrifício visceral que todos fizemos. Vozes voltam a ecoar na minha mente, as censuras, as risadas, as provocações: “esta fusão deveria se chamar apenas Unibanco” é a que mais me machuca. Antigos aliados se voltam contra a gente, especialmente depois de duas derrotas seguidas. Provocações, risadas e censuras: “Já chegaram os reservas do Unibanco?”. Agora todas elas doem. A torcida do Bradesco grita. Tem muita gente do Bradesco no complexo. Vencidos pela CEF, eles buscam a nossa derrota; deixar um Bradesco na final, seja qual for de tantos.

Valtecir diminui. Pulmões brandindo, quer disputar outra final, sabe que não podemos parar aqui. O jogo está acabando, mas Bruno quer mais. É o seu primeiro campeonato bancário: aquele jovem que me parou numa de minhas visitas na agência Bucarein, do Banco Real, e disse que jogava e buscava uma oportunidade. Penso, então: é tua chance, garoto! Todos confiam em ti. Eu confiei em ti. Entra Bruno, e faz a diferença. E Bruno avança... e Bruno avança... GOL!!! Gol, gol, gol, gol! O tempo pára. Ninguém grita mais. Exceto por nós. A respiração não vem, mas a lágrima sim. O jogo acaba. Mas tem prorrogação. O jogo está empatado e agora a coisa inverteu: nós estamos em vantagem. O empate vale para o UnibancoReal e vai recomeçar. Primeiro tempo, sem definição. Maurício chora de dor, suas forças concentradas absolutamente. De súbito, do nada, Ginei avança... Ginei avança e... GOL! Gol, gol! Ele me procura, mas não me encontra (“depois do seu tento, até eu, de fora, me perdi, amigo”). Agora há esperança. Lembram que Ginei foi um dos motivos de meu ingresso nesta saga? Pois agora há esperança novamente, agora o fôlego se renova. Mais um pouquinho, gente... mais um pouquinho. E então...

...também termino abruptamente esta dita crônica. Assim como os chutes salvadores do Bruno. Assim como os vôos maravilhosos do Valdair. Assim como as investidas infernais de Índio e a fúria selvagem de Valtecir. Não sei se ela foi clara, como a precisão de Ginei, o sacrifício de Mello, a incandescência de Douglas, a experiência de Zé Castelhano ou o pragmatismo de Maurício.

Mas se no futuro alguém falar sobre a história deste campeonato, não esqueçam de dizer que eu andei entre gigantes.

Valdemar Luz - Editor
...

Caros Amigos,

Estamos classificados para a grande final do torneio de Futebol Society dos Bancários de Joinville !!!

Ultrapassamos algumas desconfianças, vários momentos de dificuldades, várias reclamações, mas, com união e garra daqueles que confiavam na equipe conseguimos chegar na grande final. Lembro que após nossa primeira vitória lá no dia 11/07 eu comentei que ainda faltavam 7 passos rumo a final ... agora, conseguimos chegar ..

Sobre o jogo da semifinal, contra o Bradesco Tupy, posso dizer que foi o maior exemplo de superação ...., pois mais uma vez estávamos sem nosso time completo, 4 atletas do time tiveram problemas de suspensão, contusão e etc .. e não puderam comparecer ao jogo ... mas eu sempre disse que para um time chegar na final precisa ter ELENCO... e foi isso que mostramos, aqueles que jogaram a semifinal mostraram muita garra e dedicação e por isso ganhamos.

Saímos perdendo por 3x1 e tivemos a calma e concentração necessária para empatar o jogo e levar a partida para a prorrogação ... aí fizemos 4x1 na prorrogação com uma atuação impecável de todos os jogadores do time !!!

Nosso time de veteranos, com uma média de idade muito superior, entrou na prorrogação, acreditem, mais "inteiro" do que o jovem time do Bradesco Tupy, e após 1 hora de partida debaixo de um sol forte mostrou que a experiência dos "Velhinos" ainda conta muito ... VENCEMOS.

Mais uma vez não quero destacar nenhum atleta individualmente pois o que prevaleceu foi o espírito coletivo do time, todos se empenharam muito e mostramos muita união e força ... Parabéns ao Valdair pela regularidade e grandes defesas, parabéns ao Ginei e Valter pela incansável correria atrás de uma marcação eficiente, parabéns ao Douglas pela precisão nos gols decisivos, parabéns ao Índio pelo grande trabalho feito em nosso ataque sempre "segurando" dois adversários em sua marcação, parabéns ao Mello pela superação e pelo esforço, foi bacana voltarmos, eu e você, a formar aquela defesa que foi destaque nos Campeonatos de anos atrás ...., parabéns ao Zé pelo apoio e por toda ajuda de fora de campo ... desde que eu te chamei para ajudar nosso time ganhou força ... obrigado mesmo e Parabéns ao garoto Bruno que foi decisivo na prorrogação entrando na equipe com personalidade e decidindo a partida.... Brunão, eu te falei ao longo do torneio que confiava em ti e que não era para desistir que você seria muito importante no Campeonato e a resposta está aí, você foi muito bem e está de Parabéns !!!

Por fim, Parabéns a nossos familiares e amigos que mais uma vez nos deram uma força imensa na torcida, comandados pelo querido amigo DAIR, nossa torcida foi, sem dúvida nenhuma, nosso melhor jogador em campo nesta semifinal, nos transmitindo muita vontade nos momentos difíceis do jogo e nos fazendo acreditar até o fim.

Agora, é "baixar a bola" e manter a humildade que nos trouxe até esta final, enfrentaremos a forte equipe da Caixa Econômica no dia 12/09 .. até lá, precisamos ajustar a equipe para entrarmos com força total !!!! Parabéns também a Caixa pela passagem à final, a equipe da CEF mostrou vontade e força e conseguiu a vaga de forma muito merecida. Tenho certeza de que faremos uma finalíssima muito bonita com muita disposição, mas acima de tudo com muito respeito e lealdade.

Para aqueles que não acreditavam ou torceram contra, me desculpe, mas chegamos ...

Um Abraço a todos e nos vemos na final ...

Maurício Moraes - Técnico
...

Um minuto de silêncio em respeito ao falecimento
da mãe do atleta Júnior
Valtecir e Douglas

Falta violenta: Mello e Índio fazem pressão

Dupla ofensiva

Duelo antológico: Valtecir x Theo

Gol de Ginei!

Mais um ataque perigoso

Bruno: 4 gols em partida histórica!!

Articulação: Ginei, Maurício, Douglas

UNIBANCO/REAL/SAFRA 3 x 3 BRADESCO TUPY
UNIBANCO/REAL/SAFRA 4 x 1 BRADESCO TUPY (prorrogação)
Equipe: Valdair, Maurício, Valtecir e Ginei; Bruno, José Castelhano, Douglas, Índio e Mello.
Gols: Bruno (4), Valtecir, Douglas e Ginei


Torcida UnibancoReal

Com Jorge Marques, Vice-Presidente do SEEB Joinville

Mestres de dois mundos: Valdair e Ginei

Torcida UnibancoReal: Carlos, Rafael, Leandro, Sidnei e Antônio

Casa cheia!

Antes do jogo: últimas instruções de Prof. Maurício

CEF: Erno Müller, nossos próximos oponentes
...



2005: VIII CAMPEONATO DE FUTEBOL SOCIETY – SEEB JOINVILLE
- UNIBANCO CAMPEÃO -


Em 2004 a Caixa Econômica Federal vencia o VII Campeonato Bancário, quebrando a invencibilidade do grande Banco Safra que reinara absoluto nos anos 90 e início de 2000. Jogadores profissionais como Caio Roberto e Índio Mineiro atuavam nesta equipe, assim, o Safra entrou na oitava edição disposta a provar que ainda tinha força e levar a taça. O Unibanco, sob a direção de Dair Fernandes e Zé Castelhano, acabava de estrear seu novo trunfo: Maurício Moraes, bicampeão pelo Safra (2001-2002).

Foi um campeonato duro para o Unibanco, com diversas baixas durante a competição. Mas a custa de muito esforço e união acabaram sendo finalistas contra o poderosíssimo Safra. Devido a uma série de problemas, a equipe estava severamente desfalcada, e chegou ao ponto de organizarem uma reunião para decidirem sobre a disputa ou não da grande final. O debate se realizou um dia antes da decisão, na sede do Sindicato dos Bancários, em mais de duas horas de extensivo debate. A maioria dos atletas não queria disputar a final, pois julgavam terem sido prejudicados com a expulsão de dois de seus atletas titulares no curso da competição. Mas a paixão falou mais alto, e os jogadores decidiram honrar a camisa do Unibanco, a despeito da certa derrota iminente.

Zé Castelhano, conselheiro do grupo e aposentado do futebol, lustrou as chuteiras, vestiu o uniforme e disputou a final de cabeça erguida, junto de seus companheiros. E todos jogaram com raça, mesmo em pouco número e contra um legendário adversário. O resultado desta união foi a conquista da taça num 2x1 antológico, onde no final da partida os atletas do Banco Safra vieram honradamente parabenizar todos os jogadores do Unibanco.

Entrevista com o atleta Maurício de Moraes

Maurício é paulista, e desde muito jovem é desportista, seja de torneios de Tênis, como no futebol, tendo atuado no Santos e em outras equipes. Veio para Joinville a convite do Banco Real em 2001, onde ingressou nos campeonatos bancários. Foi bicampeão pelo Safra em 2001 e 2002, semifinalista em 2003 e terceiro lugar em 2004 pelo Itaú, além de campeão em 2005 pelo Unibanco, onde foi terceiro lugar em 2006 e vice-campeão em 2007 e 2008. Sempre acompanhado da bela esposa Léia, bancária do Unibanco, seu comprometimento é tal que não há notícia de uma única falta sua em qualquer jogo das competições que disputou. Chega novamente, agora como técnico da equipe UnibancoReal/Safra, à grande final do Campeonato de 2009.

Valdemar: Maurício, quais são as diferenças entre os campeonatos de quando você chegou aqui na região, para o que se vê hoje?
Maurício: Em minha opinião, desde 2001 quando comecei a participar, a grande diferença é sem dúvida o nível técnico que cresceu muito. As equipes estão mais organizadas e isso trouxe um equilíbrio muito grande ao Campeonato. Até o ano de 2003 sempre tínhamos apenas uma ou duas equipes candidatas ao título, hoje em dia temos pelo menos quatro ou cinco bancos com times fortes.

Valdemar: Qual seu momento mais emocionante do esporte amador bancário?
Maurício: Sem dúvida, até hoje, a grande passagem que me recordo e não esquecerei nunca foi o título com o Unibanco em 2005. Foi o primeiro ano em que joguei com aquela turma e acabamos criando uma amizade e união incrível no Grupo. Naquele ano aconteceu de tudo um pouco, fomos prejudicados durante o torneio com a exclusão de dois dos atletas principais de nosso elenco mas mesmo assim chegamos na final contra o todo poderoso Banco Safra. No dia anterior a final, nosso time se reuniu na sede do sindicato junto com os comandantes Dair e Zé Castelhano para conversarmos se iríamos jogar a final ou não. A vontade de grande parte do time era de abandonar a final pois fomos muito prejudicados e estávamos quase sem time para entrar em campo na final. Depois de mais de duas horas de debate e conversa decidimos ir para a final mesmo com o time bastante desfalcado e honrar a camisa do Unibanco mesmo com uma possível derrota. Lembro que, no vestiário antes da final eu chamei a todos e disse que teríamos que dar o sangue dentro da quadra e qualquer que fosse o resultado sairíamos com a cabeça erguida. Até o Zé, que já estava aposentado do Futebol, teve que jogar ao meu lado naquela final, e isso para mim foi a maior honra que tive dentro de todos os torneios e guardo até hoje. O Zé foi sem dúvida meu maior parceiro dentro campo aqui em Joinville. O resultado final e para muitos surpreendente é que jogamos demais, com muita garra, parecia que estávamos com 15 atletas na quadra e ganhamos por 2x1 em um jogo fantástico. Ao final, até os jogadores do Safra nos parabenizaram… foi um dia incrível guardado na memória. Já joguei muito Futebol na Vida inclusive em times de Futebol, e essa, está sem dúvida entre as maiores conquistas que tive no Mundo dos esportes. Incrível!

Valdemar: Gostaria de citar algum nome que você considera importante no esporte amador bancário?
Maurício: Sim: Zé Castelhano, Dair Ângelo e Caio Roberto.

Não perca mais histórias como esta, no livro a ser publicado que contará a saga joinvilense do esporte bancário desde 1968. Se quiser relatar algo, ceder material como fotos, gravações, recortes de jornais, apenas contate o e-Mail waldemarluz@gmail.com

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